Psoríase é uma alteração inflamatória crônica e sistêmica, com interação genética, imune e ambiental que acomete muitas pessoas e cuja principal característica é o surgimento de placas avermelhadas que descamam, podendo aparecer em várias partes do corpo: cotovelos, joelhos, pernas, mãos e pode até mesmo alterar as unhas.

Há muito tempo se sabe que pacientes de psoríase tem um risco aumentado a desenvolver doenças inflamatórias intestinais como Doença de Cronh e Retocolite ulcerativa, o que por si só, já justifica uma investigação mais apurada quanto à sua saúde intestinal.

Isso porque, na psoríase, ocorre uma desregulação da resposta imune do paciente associada à disbiose intestinal e neste caso, o aumento do estresse emocional é um gatilho que acaba desencadeando ou piorando crises, pois piora a inflamação. A modulação dessa inflamação acontece através da alimentação e da modulação do intestino.

Inclusive, artigo publicado na revista da academia americana de Dermatologia traz conclusão de que há um risco aumentado de positividade dos anticorpos relacionados ao trigo e da enteropatia celíaca em pacientes com psoríase, recomendando pesquisa da doença celíaca. Também já há relatos de casos de remissão da psoríase com uma dieta livre de glúten.

Então, o foco recai sobre tratar a inflamação e o processo oxidativo. Assim, nutrientes e fitoquímicos com ação contrária (antiinflamatórios e antioxidantes) são amplamente indicados: Ômega 3, Minerais como Selênio (compõe a enzima glutationa – GSH), bem como Vitaminas C, E, Manganês, Cobre e Zinco e para a modulação da Imunidade: Vitamina D. Também é essencial a exclusão de antígenos alimentares, cuidar da integridade da mucosa intestinal e fazer a recolonização com pre e probióticos.

Referência: https://doi.org/10.1016/j.jaad.2014.03.017