Café é só mais um dos alimentos que, diariamente, sofrem na balança entre o “fundamental à saúde” e “veneno viciante”. Para tanto, é importante deixar clara uma informação: diferente do que muitos acreditam, a cafeína não é uma substância oriunda exclusivamente do café. Há o registro de sua presença em mais de 60 espécies de plantas, o que torna muito versátil seu consumo.

Começo com essa introdução para registrar, de uma vez, um fato que pode não satisfazer a todos os leitores: muitas vezes o cafezinho que tomamos, daquelas marcas “famosas”, são pobres nessa substância, e em diversos outros nutrientes. Isso ocorre por variados motivos, desde a seleção da espécie do café, seu processo produtivo (venenos travestidos de defensores agrícolas) e de beneficiamento.

É fundamental diferenciarmos o café da cafeína, pois assim podemos tratar a substância com clareza e objetividade. Mas antes de ir direto ao ponto, ressalto a importância de se entender que cada organismo é único, logo os efeitos da cafeína podem e vão ser diferentes para cada pessoa. Por exemplo, a New York Magazine publicou um estudo que aponta que mulheres metabolizam a cafeína mais rápido que homens. E mesmo entre as mulheres, este estudo mostrou que aquelas que fazem uso de anticoncepcionais tem essa velocidade reduzida em 1/3. Fumantes, por sua vez, metabolizam a cafeína duas vezes mais rápido que aqueles que não fumam.

A cafeína é um importante aliado na prevenção de diabetes tipo 2, cirrose hepática e câncer de fígado. Alzheimer, Parkinson e mesmo depressão tem sua probabilidade diminuída também à partir do consumo regular e adequado de cafeína. Mais uma vez, sugiro atenção: cada caso é um caso, e cada um dos benefícios citados acima são relacionados ao consumo da quantidade correta da cafeína.

Conhecendo estes benefícios, iniciaram-se estudos, no início do século XX, de soluções com água e café preparadas especialmente para lavagens intestinais.

Essa técnica foi utilizada na época com objetivo de melhorar o estado de saúde de soldados doentes na Primeira Guerra Mundial. Os bons resultados aferidos dessa estratégia chamaram a atenção dos pesquisadores alemães Meyer e Martin Heubner, ambos da Universidade de Goettingen, que passaram a desenvolver a técnica que hoje é conhecida como o enema de café. Na década de 50, o tratamento se popularizou através do médico especialista em câncer Max Gerson, que desenvolveu um programa utilizando enema de café para o tratamento de pacientes com câncer. Em suas pesquisas, Gerson descobriu que enemas de café desintoxicam e restauram o fígado. Sua conclusão: reter por 15 minutos o café no intestino gera uma dilatação das vias biliares, o que torna mais fácil para o organismo excretar toxinas armazenadas no fígado, além de também fazer uma espécie de diálise do sangue através das paredes do cólon.

Não, você não entendeu errado. Estamos falando de administrar uma solução de água e café (sempre orgânico e de qualidade, com nenhuma relação ao café torrado e moído que encontramos aos montes em supermercados) através do ânus. E não, você não deve em hipótese alguma fazer isso em casa, sem orientação profissional!

É perfeitamente compreensível a cara de espanto que você certamente está fazendo. O enema de café pode ser visto como um tratamento pouco convencional, mas dificilmente encontramos na medicina técnica tão eficaz para a destoxificação e restauração do fígado.

De acordo com estudos realizados pelo Instituto Gerson, enema de café tem muitas vantagens por causa de nosso café podem estimular o fígado a produzir transferase glutationa, que é o desintoxicante mestre em nosso corpo. A maioria acredita enema de café pode:

  • Melhorar o peristaltismo pela limpeza e cura do cólon.
  • Reduzir os níveis de toxicidade até 600% e, por sua vez, reduzir a inflamação.
  • Ajudar a eliminar cândida e parasitas.
  • Pergunta escuridão, mau humor e depressão.
  • Ajudar a reparar e desintoxicar o fígado.
  • Reações de desintoxicação mecanismo de ajuda devido a períodos de jejum ou suco de jejum, a cura ou limpeza.
  • Ajudar a curar doenças crônicas, adicionando uma dieta de alimentos crus da planta.
  • Ajudar a curar pacientes com câncer naturalmente.

A cafeína e os palmitatos (substâncias químicas presentes no café) trabalham em conjunto para estimular e limpar o fígado e o sangue. Os palmitatos presentes no café estimulam e aumentam a produção de uma enzima hepática chamamada glutationa-S- transferase (GST), que remove os radicais livres e eventuais células tumorais da circulação sanguínea, bem como facilita a detoxificação do fígado.